A 1.ª Edição do Debate Sino-Europeu teve lugar em Macau
23/01/2013

Date:21/01/2013


A 1.ª Edição do Debate Sino-Europeu foi realizada em Macau e teve lugar nos dias 21 e 22 de Janeiro de 2013 na Sala de Conferência do Centro de Ciência de Macau. O Debate foi organizado pela Fundação Macau e pelo Fórum Sino-Europeu e co-organizado pelo Instituto Superior de Estudos de Ciências Humanas da Universidade de Pequim, Centro de Diálogo Sino-Europeu da Universidade Politécnica de Hong Kong, e teve como objectivo aproveitar as vantagens geográficas e históricas de Macau, aprofundar a compreensão mútua e cooperação entre o Oriente e o Ocidente, no sentido de estabelecer uma plataforma filosófica de debate. Contou com uma participação de diversos parceiros e pretendeu-se encontrar quais os recursos mais vantajosos tanto da China como da Europa. Foram convidados para o Debate pessoas com prestígio reconhecido, estudiosos, diplomatas, especialistas na matéria e representantes dos meios de comunicação social. Um total de 50 participantes debateram este assunto em torno dos três temas, nomeadamente, “Macau e Intercâmbios entre o Oriente e o Ocidente”, a “Crise da Europa e a Transição da China” e a “Paz na Europa e Paz na Ásia Oriental”. O “Site do Povo” (www.people.com.cn) e o “Site Tengxun” (www.qq.com) abriram uma página especial sobre o “Debate” na qual os internautas podiam acompanhar ao momento o o Debate e intervir no evento. 


A Cerimónia de Inauguração teve lugar no dia 21 de Janeiro, pelas 9 horas. Em primeiro lugar, foi projectado o discurso de abertura proferido pelo Sr. Herman Van Rompuy, Presidente do Conselho Europeu, que reconheceu neste “Debate” uma tentativa nova do desenvolvimento e do contacto não oficial, mas com um nível profundo, entre a China e a Europa e fez votos para o sucesso do “Debate”. O Prof. Gil Delannoi, Professor do Instituto de Ciências Políticas de Paris, em representação do Prof. Paul Trân Van Thinh, antigo embaixador da União Europeia na Organização de Comércio Mundial, proferiu um discurso. Ele agradeceu às entidades da organização pela realização deste encontro com resultados muito positivos e manifestou a sua confiança no contributo desse evento para o fomento dos intercâmbios entre o mundo oriental e ocidental e para o aprofundamento da compreensão mútua. O Sr. Chen Yueguang, Sub-director da “China Youth Development Foundation” afirmou que este Debate introduz uma perspectiva nova para estudar o desenvolvimento Sino-Europeu e é visto “como uma forma de estreitar as cooperações sino-europeias” tendo-se tornado num dos temas mais importante da nova era. A Dra. Zhong Yi Seabra da Mascarenhas, membro do Conselho de Administração, no seu discurso, disse que, nos dias de hoje, não só as ligações sino-europeias são cada dia mais estreitas como Macau se assume cada vez mais como uma plataforma para o diálogo e intercâmbio entre a China e a Europa tornando-se cada dia mais relevante o papel de Macau, na cooperação, em quase todos os vertentes com a União Europeia, nomeadamente, nos âmbitos jurídicos, tradução, economia e comércio, cultura e arte e estudos científicos, o que contribuirá, certamente, para o aprofundamento das relações mútuas entre a China e a Europa. Ela esperava, ainda, que esta Cimeira pudesse impulsionar os contactos sino-europeus para um nível mais elevado e para um horizonte mais longínquo e, por outro lado, que a meta importante do Fórum Sino-Europeu, nomeadamente de “Promoção da participação cívica para ponderar o futuro em conjunto” pudesse servir como uma referência para Macau, no sentido de promover o desenvolvimento da construção de uma sociedade cívica em Macau.


Seguiu-se à Cerimónia de Inauguração o 1.º debate em torno do tema “Macau e os Intercâmbios entre o Oriente e o Ocidente”, onde os intervenientes discutiram sobre o papel relevante de Macau nos intercâmbios entre o Oriente e o Ocidente, como sendo a primeira porta do mundo ocidental para a China, na História Moderna. Além disso, os debates focalizaram-se no facto de Macau poder aproveitar, da melhor forma, as suas vantagens para se tornar uma plataforma importante para os novos diálogos e cooperações profundos, entre o Interior da China e o Continente Europeu, como aqueles que já foram iniciados entre o Oriente e o Ocidente dentro de um novo contexto cultural.


O tema do 2.º debate foi a “Crise da Europa e a Transição da China”, no qual os intervenientes, depois de fazerem uma retrospectivas sobre a crise europeia, fizeram uma comparação entre a Europa e a China, nomeadamente, o caso da crise europeia que forçou a Europa a ponderar e procurar os elementos que a penalizaram em termos económicos, políticos e sociais e a situação actual da China que está, paralelamente, nas circunstâncias de uma transição social e foram aprestadas sugestões respeitantes ao desenvolvimento social da China para daqui em diante, de forma a conseguir, encontrar o seu caminho para poder avançar até à completa realização da transição social.    


O 3.º debate, que teve lugar em manhã do dia 22 teve o tema “Paz na Europa e na Ásia Oriental”. Os intervenientes entenderam que paz é um tópico temporal e um desejo, desde sempre procurado, pelo que para se poder atingir a paz vai depender das cooperações e comunicações entre todos os estados e a experiência europeia relativamente ao fomento do desenvolvimento pacífico entre os Estados será, certamente, uma referência importante para se conseguir obter uma paz sustentável na Ásia Oriental.


Os participantes reconheceram o significado e os resultados positivos deste Debate em Macau que encerrou num ambiente muito animado. Alguns convidados partiram para Hong Kong no dia 23, para continuar o debate na Universidade Politécnica de Hong Hong, em torno do tema “Reinício do Humanismo e o Renascer da Solidariedade Europeia”.