Date:19/03/2013
A Conferência sobre “O Desenvolvimento dos Quatro Lugares dos Dois Lados do Estreito de Taiwan sob o CEPA e o ECFA - Oportunidades e Estratégias de Macau”, organizada pela Fundação Macau, em conjunto com o Instituto de Cultura Chinesa e o Instituto de Cultura Chinesa de Shenzhen, realizou-se no dia 19 de Março, na Sala de Conferência do Centro de Ciência de Macau. Mais de uma dezena de especialistas e estudiosos, dos Dois Lados, das áreas de estudos sobre cooperação regional e desenvolvimento económico estiveram presentes e participaram dedicadamente nas discussões profundas sobre os seguintes temas: “Tendência de Cooperação dos Quatro Lugares dos Dois Lados”, “Novo Conteúdo das Cooperações entre Cantão, Hong Kong e Macau e Modelo Criativo de Cooperação” e “Captar a Oportunidade nos Quadros do CEPA e ECFA, Ajustamento Estrutural e Rumo de Diversificação Adequada para o caso de Macau”.
No discurso de inauguração o Dr. Wu Zhiliang, Presidente do Conselho de Administração da Fundação, afirmou que “Macau tem um espaço geográfico pequeno e recursos naturais e humanos limitados pelo que só se podem superar estas restrições com uma integração profunda da cooperação regional o que contribuirá para o desenvolvimento contínuo e coordenado da sociedade do Território como um todo. A assinatura do “CEPA” fez elevar a cooperação comercial, entre o Interior da China com Hong Kong e Macau, a uma posição estratégica muito importante. Com os benefícios do “CEPA” e de uma política de expansão associada ao turismo individual vindo do Interior da China, as economias de Hong Kong e Macau desenvolvem-se e concretizam-se, gradualmente, as políticas de livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e de informação. Os frutos que resultam deste conjunto de cooperação regional, no âmbito de “CEPA”, trouxeram a Macau e ao seu povo uma nova esperança sobre o futuro, pelo que é uma expectativa das entidades da organização desta conferência que “o veleiro parta do porto ao abrigo de cooperação regional entre os quatro lugares dos dois lados e navegue para um destino de sonho”.
O Dr. Huang Yiyu, Sub-director do Instituto de Cultura Chinesa, disse que o “CEPA”, depois da sua assinatura e implementação, tem vindo a desempenhar um papel relevante e realçou a importância da Pátria como o suporte firme para as duas SARs e para o crescimento da competitividade, tanto de Hong Kong como de Macau. O CEPA é a concretização muito importante da política “Um País, Dois Sistemas”. A assinatura do “ECFA” promoveu a regulamentação e a normalização dos contactos e dos laços económicos entre os Dois Lados do Estreito, pelo que os estudos e investigações sobre as questões que surgiram no decorrer da implementação do “CEPA” e “ECFA” e as razões principais que resultaram dessas mesmas questões, constituem hoje o motor propulsor muito importante para o desenvolvimento sustentável e saudável dos quatros lugares dos Dois Lados.
Segundo o Dr. Lao Ngai Leong, deputado de Macau à Assembleia Popular Nacional, os estudos sobre a diversificação económica de Macau deverão ser realizados num plano macro, integrado no desenvolvimento ambiental do delta do Rio das Pérolas, em combinação com as condições do desenvolvimento de Macau, para que se formem e se incentivem os elementos necessários que fazem crescer a economia de uma forma diversificada, num ambiente de cooperação regional. A procura de novas oportunidades comerciais abre novos mercados e ajuda à concretização de uma vida com boa qualidade transfronteira, a qual terá de ser assegurada por serviços públicos integrados nomeadamente, através da prestação de um serviço eficaz e célere nas passagens pelos serviços de emigração.
Nesta Conferência, os estudiosos dos Dois Lados que se dedicam ao estudo dos diversos planos estratégicos, analisaram e avaliaram as influências do “CEPA” e “ECFA” sobre os quatros lugares dos Dois Lados do Estreito e reconheceram os efeitos positivos dos dois Acordos no incentivo ao desenvolvimento do comércio multilateral e das respectivas economias. Foi estudada a situação do desenvolvimento económico de Macau e concluiu-se que Macau tem vantagens competitivas que neste momento passam por ter uma economia aberta que favorece o desenvolvimento económico e uma grande tolerância mas, em contrapartida, tem uma fraca estrutura industrial e uma escassez de terrenos, o que dificulta poder ter um desenvolvimento mais rápido. Nesta fase de transformação económica, vale a pena a Macau aproveitar, da melhor forma, as oportunidades que são proporcionadas pelo “CEPA” e “ECFA”, bem como as próprias vantagens competitivas, de modo a impulsionar não só uma maior integração económica como uma complementaridade das vantagens comparativas que se verificam nos quatro lugares dos Dois Lados, sob o quadro de cooperação regional e a política de “Um País, Dois Sistemas”. A Conferência que decorreu num ambiente muito caloroso, produziu resultados muito positivos.

